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As células-tronco são células especiais que podem se transformar em diferentes tipos de células no corpo e são encontradas em vários tecidos. Elas têm o potencial de reparar e renovar tecidos danificados, o que as torna promissoras para diversos tratamentos regenerativos na medicina.

Sangue do Cordão Umbilical
As células-tronco hematopoéticas (CTH) são células progenitoras multipotentes responsáveis pela produção contínua de todas as células sanguíneas maduras, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Essas células residem no sangue do cordão umbilical e possuem a capacidade de autorrenovação e diferenciação em diversos linhagens hematopoéticas.
Autorrenovação: As CTH podem se dividir para gerar cópias idênticas de si mesmas, mantendo uma reserva constante de células-tronco ao longo da vida do indivíduo.
Diferenciação multipotente: Elas têm a capacidade de se diferenciar em todas as linhagens celulares sanguíneas, tanto mieloides (eritrócitos, plaquetas, granulócitos, monócitos) quanto linfoides (linfócitos B, T e células NK).
Quiescência e ativação: Em condições normais, muitas CTH permanecem em um estado de quiescência (inatividade) para se proteger do esgotamento e de danos genéticos. No entanto, elas podem ser ativadas em resposta a necessidades fisiológicas, como a perda de sangue ou infecções, para aumentar a produção de células sanguíneas.
Importância clínica:
As CTH são fundamentais na medicina regenerativa e no tratamento de diversas doenças hematológicas. Os transplantes de células-tronco hematopoéticas são utilizados para reconstituir o sistema hematopoético em pacientes com leucemias, linfomas e outras patologias da medula óssea. Além disso, seu estudo é essencial para entender e tratar distúrbios como a anemia aplástica e as imunodeficiências.
A pesquisa contínua sobre as CTH busca otimizar as terapias baseadas em células-tronco e aprimorar a compreensão dos mecanismos que regulam a hematopoese, com o objetivo de desenvolver tratamentos mais eficazes e personalizados.
Onde se encontram?
No sangue do cordão umbilical, essas células não substituem as células mesenquimais.
Como são obtidas?
São obtidas do sangue contido no cordão umbilical no momento do nascimento.
Quais são seus usos?
São utilizadas no tratamento de mais de 84 doenças graves, como leucemias, linfomas, anemias, algumas imunodeficiências combinadas, entre outras.
Doenças em Estudo
Leucemias:
• Leucemia Mielóide Aguda
• Leucemia Linfoblástica Aguda
• Leucemia Mielóide Crônica
• Leucemia Linfocítica Crônica
• Leucemia Mielomonocítica Crônica
• Leucemia de Células Plasmáticas
Linfomas:
• Linfoma Não Hodgkin de Células T
• Linfoma Não Hodgkin de Células B (não Burkitt)
• Linfoma Anaplásico de Células Grandes
• Linfoma Não Hodgkin de Burkitt
• Linfoma Não Hodgkin Não Linfoblástico
• Linfoma de Células do Manto
• Linfoma Folicular
• Linfoma Difuso de Células B Grandes
• Linfoma de Células T Periférico
• Linfoma Agudo Linfoblástico
• Linfoma Primário do Sistema Nervoso Central
• Doença de Hodgkin
Outras doenças hematológicas malignas:
• Mieloma Múltiplo
• Macroglobulinemia de Waldenström
• Síndromes Mielodisplásicas
• Mielofibrose
• Amiloidose
Outros distúrbios de células plasmáticas:
• Amiloidose AL
• Síndrome de POEMS
Doenças hematológicas não malignas:
• Talassemia
• Anemia Falciforme
• Porfiria Congênita Eritropoiética (Doença de Gunther)
• Trombastenia de Glanzmann
• Síndrome de Bernard-Soulier
• Distúrbios Graves da Função Plaquetária
Falha Medular:
• Anemia Aplástica Adquirida
• Neutropenia Congênita Severa
• Síndrome de Shwachman-Diamond
• Trombocitopenia Congênita Amegacariocítica
• Monocitopenias
• Anemia de Fanconi
• Disceratose Congênita
• Anemia de Blackfan-Diamond
• Hemoglobinúria Paroxística Noturna
Imunodeficiências:
• Imunodeficiência Combinada Grave
• Síndrome de Omenn
• Síndrome de DiGeorge
• Síndrome de Quebra de Nijmegen
• Outras Imunodeficiências Combinadas
• Imunodeficiência Comum Variável
• Síndrome Mielodisplásica com Hipogamaglobulinemia
• Distúrbios Hemofagocíticos
• Síndrome de Griscelli Tipo 2
• Síndrome de Chediak-Higashi
• Distúrbios Linfoproliferativos
• Síndrome IPEX
• Imunodeficiência com Atresia Intestinal Múltipla
• Distúrbios das Células Fagocitárias
• Síndrome de Hermansky-Pudlak
Erros inatos do metabolismo:
• Mucopolissacaridoses
• Síndrome de Hurler
• Síndrome de Scheie
• Síndrome de Maroteaux-Lamy
• Adrenoleucodistrofia Ligada ao X
• Doença de Krabbe
• Leucodistrofia Metacromática Infantil
• Leucodistrofia Metacromática Juvenil
• Leucodistrofia Metacromática de Início Tardio
• Alfa Manosidose
• Aspartilglucosaminúria
• Osteopetrose
Tumores sólidos:
• Sarcoma de Ewing
• Neuroblastoma
• Tumor de Células Germinativas
• Sarcoma de Tecido Mole
• Retinoblastoma
• Tumor de Wilms
Doenças autoimunes:
• Esclerose Múltipla Grave
• Citopenias Imunes Refratárias
• Artrite Inflamatória Juvenil
• Artrite Reumatóide
• Doença de Still
• Lúpus Eritematoso Sistêmico
• Esclerose Sistêmica
• Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica
• Neuromielite Óptica
• Vasculite Sistêmica
• Dermatomiosite – Polimiosite
• Doença de Crohn
Outras doenças:
• Histiocitose de Células de Langerhans Multissistêmicas
• Citopenias Imunes
• Síndrome de Evans
• Linfoistiocitose Hemofagocítica
• Síndrome Mielodisplásico
Dependendo do estágio da doença, das características do paciente e da resposta aos tratamentos, pode ser considerado um transplante de células-tronco hematopoéticas de medula óssea ou sangue do cordão umbilical. Conforme a doença, há indicações para transplantes autólogos e alogênicos.
Quando foram utilizadas pela primeira vez?
Em 1988, foram utilizadas para combater uma anemia de Fanconi e, atualmente, são úteis no tratamento de mais de 84 doenças. As células do sangue do cordão umbilical são usadas como alternativa ao transplante de medula óssea no tratamento de diversas enfermidades.
Tecido do Cordão Umbilical
As células-tronco mesenquimais (CTM) derivadas do tecido do cordão umbilical são células progenitoras multipotentes com a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, como osteócitos (osso), condrócitos (cartilagem) e adipócitos (gordura). Essas células são isoladas principalmente da gelatina de Wharton, uma matriz gelatinosa que envolve os vasos sanguíneos no cordão umbilical.
Características principais:
• Multipotencialidade: Podem se diferenciar em múltiplas linhagens celulares mesodérmicas, o que as torna valiosas para a medicina regenerativa.
• Propriedades imunomoduladoras: Têm a capacidade de modular a resposta imunológica, sendo úteis em tratamentos para doenças autoimunes e na prevenção da rejeição em transplantes.
• Baixa imunogenicidade: Apresentam baixa expressão de moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), reduzindo o risco de rejeição imunológica em terapias alogênicas.
• Alta capacidade proliferativa: Demonstram uma notável capacidade de expansão in vitro, permitindo a obtenção de grandes quantidades de células para aplicações clínicas.
Onde se encontra?
No tecido do cordão umbilical, na gelatina de Wharton. Essas células não substituem as células hematopoéticas. As células do tecido têm um uso potencial para diversas terapias celulares que ainda estão em fase de pesquisa.
Como é obtido?
São obtidas do tecido que compõe o cordão umbilical, no momento do nascimento.
Quais são seus usos?
Reparo ósseo, tecido de cartilagem, tecido conectivo danificado. Tratamentos futuros: lesões da medula espinhal e acidentes vasculares cerebrais.
Quando foram utilizadas pela primeira vez?
Seu primeiro uso clínico foi em 1995, e entre seus usos potenciais estão mais de 200 tratamentos.
Doenças Tratáveis
• Autismo
• Lúpus eritematoso sistêmico
• Dermatite severa
• Osteoartrite
• Displasia broncopulmonar
• Diabetes Tipo II
• Isquemia do miocárdio
• Distrofia muscular de Becker
• Insuficiência hepática
• Pé diabético
• Doença de Crohn
• Esclerose múltipla
• Paralisia cerebral infantil
• Artrite reumatóide
• Encefalopatia hipóxico-isquêmica
• Úlceras crônicas dos membros pélvicos inferiores
• Insuficiência cardíaca
• Retinite pigmentosa
• Doença pulmonar obstrutiva crônica
• Doença enxerto versus hospedeiro
• Infarto agudo do miocárdio
• Lesão cerebral por trauma
• Osteonecrose
• Queimaduras extensas de terceiro grau
• Aderências intrauterinas
• Lesões da medula espinhal
Esta lista mostra o amplo potencial das células-tronco mesenquimais para o tratamento de diversas doenças e condições médicas.
Aplicações clínicas e potencial terapêutico:
As CTM do tecido do cordão umbilical estão sendo investigadas em diversas áreas da medicina regenerativa e terapias celulares. Seu potencial terapêutico inclui:
• Regeneração de tecidos: Estão sendo exploradas na reparação de tecidos danificados, como em lesões ósseas, cartilaginosas e musculares.
• Doenças autoimunes: Sua capacidade imunomoduladora as torna candidatas para o tratamento de condições como esclerose múltipla e lúpus eritematoso sistêmico.
• Doenças neurodegenerativas: Estão sendo investigadas no contexto de doenças como Parkinson e Alzheimer, devido ao seu potencial neuroprotetor e regenerativo.
• Doenças cardiovasculares: Estudos preliminares sugerem que podem contribuir para a reparação do tecido cardíaco após eventos isquêmicos.
Polpa dental
As células-tronco mesenquimais da polpa dental (CTM-PD) são um tipo de células-tronco multipotentes, adultas e imaturas, com morfologia de miofibroblastos. Essas células têm a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, incluindo osso, cartilagem, gordura, tecidos conectivos, esquelético e músculo cardíaco, entre outros.
Onde se encontram?
Encontram-se na polpa dental dos dentes de leite e dos terceiros molares (dentes do siso).
Como são obtidas?
São obtidas de dentes de leite e dos dentes do siso, preferencialmente de pacientes jovens, pois não apresentam restrições éticas para sua obtenção. Essas células permanecem vivas e funcionais mesmo após uma expansão prolongada.
Quais são seus usos?
São utilizadas para promover a formação de novos vasos sanguíneos, modular as respostas do sistema imunológico e fomentar a regeneração ao regular a cicatrização e a inflamação. Além disso, as CTM-PD migram para áreas lesionadas para potencializar os processos regenerativos naturais do corpo e encontram aplicações em odontologia e regeneração óssea. Também secretam fatores de crescimento relacionados com processos regenerativos, ampliando ainda mais seu potencial terapêutico.
Fibroblastos
Os fibroblastos são células especializadas do tecido conectivo que desempenham um papel essencial na reparação e manutenção da estrutura dos tecidos no corpo. Essas células são responsáveis por produzir colágeno e outras proteínas que formam a matriz extracelular, proporcionando suporte e estrutura à pele, tendões, ligamentos e outros órgãos.
Na medicina regenerativa e nos tratamentos estéticos, os fibroblastos são utilizados por sua capacidade de regenerar e reparar tecidos, especialmente na pele, onde promovem a cicatrização e melhoram a elasticidade e firmeza. Isso tornou os fibroblastos uma ferramenta valiosa em terapias anti-envelhecimento e em tratamentos para melhorar a aparência da pele.